sexta-feira, 30 de maio de 2008

Filmes ajudam a entender sobre os insetos...




Muitos professores tem usado na sua didática filmes e desenhos para explicar assuntos da Biologia. No caso especifico dos insetos dois filmes se destacam:

Vida de Inseto (A Bug's Life, 1998)
Direção: John Lasseter
Roteiro: John Lasseter, Andrew Stanton
Gênero: Animação/Aventura/Comédia
Origem: Estados Unidos
Duração: 96 minutos
Sinopse: No mundo dos insetos, as formigas são manipuladas pelos gafanhotos, que todos os anos exigem uma quantia de comida. Se as formigas não cumprirem essa exigência, os gafanhotos ameaçam atacar o formigueiro. Mas, em um certo ano, houve um problema com a “oferenda”. É quando Flik, uma formiga cansada de ser oprimida, sai em busca de outros insetos dispostos a ajudar o formigueiro a combater os gafanhotos.


Formiguinhaz (Antz, 1998)
Direção: Eric Darnell, Tim Johnson
Roteiro: Chris Weitz, Paul Weitz, Todd Alcott
Gênero: Animação/Aventura/Comédia
Origem: Estados Unidos
Duração: 83 minutos
Sinopse: A formiguinha trabalhadora Z (Woody Allen) passa a questionar a falta de individualidade dos seres de sua espécie, onde todos trabalham para a colônia como robôs. Z também se apaixona pela princesa Bala (Sharon Stone) e terá que livrar a colônia dos problemas criados pelo general Mandíbula (Gene Hackman).

Mas existem outros filmes que mostram "inverdades" sobre o mundo dos insetos, causando certo preconceito das pessoas. Como o exemplo clássico "Aracnofobia" de Stephen Spielberg, apesar das aranhas não serem insetos.

O que são os insetos...




A maioria das pessoas tem muitas idéias do que são insetos. Mas será que sabem mesmo o que eles são?

Apesar de sua fabulosa variedade, existem características comuns que definem os insetos. Vamos explicar de forma clara para que possam entender.

Os insetos pertencem ao incrivelmente numeroso grupo dos artrópodes, que se caracterizam por ter exoesqueleto quitinoso, e o corpo segmentado e dividido em partes e apêndices articulados. São artrópodes, mas não são insetos, as aranhas, os escorpiões, os caranguejos e as centopéias.
Vamos as características mais gritantes:
Seis patas: Os insetos pertencem ao grupo dos hexápodes, pois os adultos têm sempre três pares de patas, mesmo que não sejam do mesmo tamanho. Os grilos possuem patas traseiras formidáveis, enquanto que as dianteiras de algumas borboletas são quase invisíveis, apesar de úteis.

Sem esqueleto: Os mamíferos, peixes, aves e répteis são “vertebrados”: têm espinha dorsal, ou coluna vertebral. Os insetos, por sua vez, não possuem esqueleto interno, ou endoesqueleto. A parte de fora, chamada tegumento, é uma espécie de couraça, que protege e sustenta os músculos e demais partes do corpo. É o exoesqueleto, o esqueleto externo.

Três partes: O corpo dos insetos adultos é formado por três partes principais: a cabeça, o tórax e o abdômen. O tamanho relativo destas partes varia muito.

Com asas: Muitos insetos perderam a capacidade de voar, mas não as asas. Outros as usam constantemente, como as moscas, que têm apenas um par desenvolvido, ou as libélulas, que têm dois. As asas podem ter escamas (como nas borboletas), ou podem surgir como um par de élitros duros e um par de asas membranosas (como nos besouros). Também existem insetos que não têm asas, como as pulgas e os piolhos.

Antenas: A presença de antenas é uma característica dos insetos. Elas funcionam como órgãos de paladar, olfato e tato, além de permitir a orientação e a conservação do equilíbrio.


Tamanho pequeno: Comparados aos animais de sangue quente, como aves e mamíferos, os insetos, em geral, são bem pequenos. Medem poucos centímetros, ou menos de um centímetro. Alguns são difíceis de serem identificados à primeira vista.


Os insetos são animais invertebrados da classe Insecta, o maior e, na superfície terrestre, mais largamente distribuído grupo de animais do filo Arthropoda.

Os insetos são o grupo de animais mais diversificado existente na Terra, possuem mais de 800 mil espécies descritas - mais do que todos os outros grupos de animais juntos. Os insetos podem ser encontrados em quase todos os ecossistemas do planeta, mas só um pequeno número de espécies se adaptaram à vida nos oceanos. Existem aproximadamente 5 mil espécies de Odonata (libelinhas), 20 mil de Orthoptera (gafanhotos), 170 mil de Lepidoptera (borboletas), 120 mil de Diptera (moscas e mosquitos), 82 mil de Hemiptera (percevejos e afídeos), 350 mil de Coleoptera (besouros) e 110 mil de Hymenoptera (abelhas, vespas e formigas).

A ciência que estuda os insetos é a Entomologia.

Alguns grupos menores, com uma anatomia semelhante, como os colêmbolos, eram agrupados com os insetos no grupo Hexápode, mas atualmente seguem um grupo parafilético Ellipura, tendo discussões filogenéticas relevantes no campo da biologia comparativa. Os verdadeiros insetos distinguem-se dos outros artrópodes por serem ectognatas, ou seja, com as peças bucais externas e por terem onze segmentos abdominais. Muitos artrópodes terrestres, como as centopéias, mil-pés, escorpiões, aranhas, como também microartrópodes colêmbolos são muitas vezes considerados erroneamente insetos.

Veja mais informações sobre os insetos no Wikipédia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Inseto

sexta-feira, 18 de abril de 2008

A Vingança de Gaia - A extinção dos seres humanos




A Hipótese de Gaia é uma tese que sustenta ser a Terra um ser vivo. A hipótese foi apresentada em 1969 pelo investigador britânico James E. Lovelock, afirmando que a biosfera do planeta é capaz de gerar, manter e regular suas próprias condições de meio-ambiente. Com o aquecimento global a hipótese tem ganhado credibilidade entre os cientistas. O equilíbrio natural foi rompido pelo fenômeno, tese desenvolvida no livro “A Vingança de Gaia” de Lovelock.

Em 2006 afirmou que o mundo já ultrapassou o ponto de não retorno quanto às mudanças climáticas e a civilização como a conhecemos dificilmente irá sobreviver. Os esforços para conter o aquecimento global já não podem obter sucesso completo.

Pelas estimativas de Lovelock a situação se tornará insuportável antes mesmo da metade desse século. Modelos matemáticos mostram que o clima está a ponto de fazer um salto para um novo estágio de aquecimento. Mudanças geológicas normalmente levam milhares de anos para acontecer. As transformações atuais estão ocorrendo em intervalos de poucos anos.

Pela Hipótese Gaia, organismos que afetem o ambiente de maneira negativa serão eliminados. Como o Aquecimento Global é acelerado pelo homem, há chances da humanidade ser extinta. Até o fim do século, é provável que cerca de 80% da população humana desapareça. Os 20% restantes viverão no Ártico e em poucos oásis em outros continentes, onde as temperaturas forem mais baixas.
Lovelock alega que a maioria dos seres humanos morrerá de fome. Com a mudança climática, será impossível cultivar alimentos ou criar animais de abate. Os humanos migrarão para os oásis que sobrarem ou para as regiões mais frias e viverão com escassez de comida e de água.

O livro “A Vingança de Gaia” conta que o planeta vai se recuperar das tragédias provocadas com o Aquecimento Global. Como o exemplo de 55 milhões de anos atrás, quando ocorreu um evento semelhante ao de agora. Os seres vivos migraram para as regiões polares e ficaram milhares de anos por lá. Quando a temperatura global voltou a cair, retornaram. O sistema Gaia, portanto, não está ameaçado, apenas levará 200 mil anos para se recuperar. Embora o planeta sobreviva, os seres humanos serão extintos, como uma resposta contra o efeito negativo que o homem provoca.
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Título: A Vingança de Gaia
Autor: James Lovelock
Editora: Intrinseca
Edição: 1
Número de Páginas: 160
Resenha: Um alerta para a Humanidade, más notícias, o aquecimento global é um processo irreversível, e, para que a Terra não seja inabitável já nas próximas décadas, é bom começar a trabalhar agora para minimizar seus efeitos 'A Vingança de Gaia' é o alerta de que a Terra pode estar se preparando para tornar a vida difícil para o Homem. Quem avisa é James Lovelock, um dos pais do movimento verde e autor e entusiasta da Teoria de Gaia, que acredita ser a Terra um organismo vivo, que sabe se defender do ataque de parasitas. E, neste momento, avisa ele, os parasitas somos nós, que exploramos sem dó os recursos naturais do planeta e empesteamos a atmosfera com gases poluentes. Em 'A Vingança de Gaia', Lovelock não se limita a apontar problemas. Também dá sugestões de soluções, entre elas a polêmica defesa da energia nuclear como um mal menor e uma forma de a Humanidade ganhar tempo. E o tempo, alerta ele, é curto.

"Não há consenso sobre "Aquecimento Global"


O professor e coordenador do Curso de Ciências Biológicas do UniLaSalle, Jairo Luis Candido explica de forma didática o Aquecimento Global.
Veja a entrevista:

O que é Aquecimento Global?

Acredita-se que é o "Efeito Estufa", fenômeno natural, provocado pela composição química de nossa atmosfera, retendo calor e garantindo a vida no planeta, esteja sendo intensificado pelo acúmulo de gases. Essa acumulação pode estar associada ao consumo exagerado de combustíveis fósseis, desmatamentos de grandes florestas e outras atividades humanas presentes em nossa sociedade.

Qual a situação real do planeta atualmente?

Não há consenso sobre isso. Muitos cientistas consideram que estamos num momento de transição. Alguns dizem que nos encaminhamos para uma situação realmente perigosa em termos climáticos e ambientais; outros afirmam que ainda é possível reverter o processo de catástrofe climática apregoado pela mídia em geral.

O protocolo de Kyoto é uma medida eficaz para deter o aquecimento do planeta?

O protocolo de Kyoto é um paliativo, mesmo assim importante no sentido de indicar um compromisso internacional de políticas ambientais. O Protocolo por si só não garante a reversão do processo de aquecimento, mas indica a possibilidade de entendimentos entre os países signatários nesse sentido.

O que representou a não assinatura dos EUA do Protocolo de Kyoto?

Como disse antes, sendo um protocolo de intenções esse documento representa um comprometimento quase simbólico dos países. Muitos dos que assinaram continuam tendo uma atitude pouco conservadora em vários sentidos, portanto não bastaria os EUA assinarem o Protocolo. Não podemos nos iludir e pensar que se os EUA tivessem assinado o Protocolo a situação estaria muito diferente.

A respeito do documentário “Uma verdade inconveniente” de Al Gore. Os argumentos apresentados no filme são reais ou só uma manobra política?


Os argumentos apresentados são considerados reais por parte da comunidade científica e fantasia por outra parte. Considero que da mesma forma que o Protocolo de Kyoto, o documentário foi importante no sentido de levar a discussão desse assunto a vários locais no mundo, provocar a discussão, o debate. É preciso que todos discutam sobre isso e não apenas os cientistas e políticos. Apesar disso não há como deixar de perceber que há sim um interesse pessoal de Al Gore na divulgação do documentário.

Quais as conseqüências futuras se o Aquecimento Global prosseguir nos níveis atuais?

Existem várias propostas, desde leves alterações nas estações e temperaturas médias anuais em diversas regiões até catástrofes ambientais sérias, como devastação de áreas de floresta, inundação de regiões costeiras, mudanças drásticas nas temperaturas médias anuais com conseqüências imprevisíveis na agricultura. Há previsões de 1 a 6 graus acima das médias anuais atuais.

O que o Aquecimento Global pode acarretar em algumas espécies?

Depende muito de qual modelo seguirmos, pois cada proposta deriva em um conjunto diferente de conseqüências ambientais que, por sua vez, acarretariam diferentes conseqüências na flora e fauna. Uma coisa é certa, se o aquecimento ambiental realmente está em processo e as temperaturas médias anuais forem significativamente alteradas - de 1 a 3 graus, por exemplo - teremos a perda de biodiversidade em algumas regiões, ou a migração de várias espécies para outras regiões do globo, o que pode gerar mais uma série de conflitos, ainda imprevisíveis.

Futuro do planeta é incerto


Em entrevista, a aluna Gabriela Pasuch, do curso de Biologia, fala sobre o Aquecimento global:

Fala-se atualmente em duas possibilidades para o aquecimento global. Qual das correntes é a mais correta?

Não há comprovação de nenhuma dessas teorias. Acredito na causa geológica como a causa principal, mas não se pode desconsiderar a corrente antropogênica. A ação humana funciona como um acelerador e agravador do fenômeno. O planeta já passou por períodos de aquecimento e resfriamento em outras eras. A Terra sofreria com o aquecimento global independente da existência da raça humana. O que deve ser questionado é qual a nossa contribuição no desenvolvimento do processo.

Reduzir atividades humanas responsáveis pela emissão de gases estufa auxiliaria na desaceleração do processo?

Não há como responder a essa questão com total certeza. Independente disso, não seria aconselhável esperar uma certeza para que se comece a fazer mudanças. Não se pode mensurar o impacto da interferência humana no aquecimento global. Os dados que dispomos nos dão informações de outros períodos aquecimentos antes do surgimento da humanidade. Várias atividades humanas lançam na atmosfera gases que já fazem parte do Efeito estufa. Cada vez mais nós nos damos conta de que a industrialização mudou para sempre a relação entre o homem e a natureza. Certamente o aquecimento global não estaria se desenvolvendo dessa forma sem a nossa contribuição.

O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, conquistou a simpatia dos ecologistas apoiando medidas que limitam a emissão de gases na atmosfera. Ele tenta forçar o cumprimento do acordo do Protocolo de Kyoto mesmo contra a vontade do presidente G. W. Bush. Medidas como essas são suficientes?

Alternativas como essas podem ser consideradas válidas. Colocar o ambientalismo em discussão política pode ser uma forma de atingir uma maior conscientização. Mas não podemos ser tão otimistas a ponto de considerar essas mudanças como medidas eficazes para reverter a aceleração do aquecimento global.

O que podemos esperar para o mundo em razão do aquecimento global?

As conseqüências são variadas e não podem ser previstas com precisão. Espécies podem ser extintas, pessoas e animais estarão expostos à falta de água, cidades ou até países podem vir a desaparecer e há uma ameaça do aumento da fome. O mundo enfrentará ameaças constantes de enchentes, tempestades e erosão. Áreas que atualmente sofrem com a falta de chuvas se tornarão ainda mais secas. Mas nem tudo é apocalíptico. Pesquisas afirmam que enquanto os pedaços de gelo que se soltaram da Antártida vão derretendo, deixam pelo caminho os nutrientes que permaneceram congelados durante milhares de anos. Isso atrai microorganismos fotossintetizantes e formam um espécie de floresta marinha que serve de base para cadeia alimentar nesse continente. Com isso, percebe-se a formação de um novo ecossistema, o que aumenta a produtividade biológica na região.

O Aquecimento Global



Nos últimos anos a abordagem sobre Aquecimento Global vem tomando conta dos noticiários e artigos científicos. Volta e meia o assunto retorna com força. Mas será que as pessoas realmente sabem do que se trata o Aquecimento Global? Suas causas reais e, o principal, suas conseqüências no planeta?


O Aquecimento Global é o aumento da temperatura média dos oceanos e da atmosfera da Terra. A polêmica gira em torno de saber se ocorre devido a causas naturais ou antropogênicas, ou seja, causadas pela humanidade. Hoje se sabe que o Aquecimento Global está relacionado com um fenômeno natural no planeta denominado Efeito Estufa. No entanto, estudos científicos mostram que a humanidade e seu desenvolvimento funcionam como um acelerador desse processo.


No mundo científico, ocorre um grande debate, que leva a duas correntes. A maioria dos pesquisadores entende que as emissões de gases estufa na atmosfera que causam o aceleramento do Aquecimento Global estão ligadas aos seres humanos. Um grupo menor de cientistas, embora concorde que está ocorrendo de fato o Aquecimento Global, afirma que as causas principais são de ordem natural ou astronômica, como o aumento da radiação solar por motivos não completamente conhecidos.


O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) diz que grande parte do aquecimento observado durante os últimos 50 anos se deve a um aumento do Efeito Estufa. Modelos climáticos produzidos pelo IPCC projetam que as temperaturas globais de superfície aumentarão no intervalo entre 1,1 e 6,4 °C entre 1990 e 2100. Apesar da maioria dos estudos ter seu foco no período até o ano 2100, espera-se que o aquecimento continue por mais de um milênio.


A reação dos cientistas que discordam do modelo antropogênico do Aquecimento Global é baseada no alto grau de incerteza dos estudos apresentados como se fossem verdades incontestáveis pela mídia e pelos movimentos ambientalistas. A comunidade científica toma muito cuidado em não pregar a idéia de que o Aquecimento Global não seja um problema, não passando de um evento completamente natural na Terra, como os outros inúmeros processos de alteração de temperatura que já ocorreram durante a história do planeta.


O professor Jairo Luis Cândido, coordenador do Curso de Ciências Biológicas do Unilasalle mostra de forma didática o Aquecimento Global. Ele acredita que o Efeito Estufa, fenômeno natural, provocado pela composição química de nossa atmosfera, retendo calor e garantindo a vida no planeta, esteja sendo intensificado pelo acúmulo de gases (gás carbônico, monóxido de carbono, metano e dióxido de enxofre). Essa acumulação pode estar associada ao consumo exagerado de combustíveis fósseis, desmatamentos de grandes florestas e outras atividades humanas presentes em nossa sociedade. Esse processo de intensificação do Efeito Estufa é denominado Aquecimento Global. Isso tem causado muita confusão nas pessoas em geral, pois na sua maioria acreditam que o Aquecimento Global seja natural, na verdade o Efeito Estufa que é natural.


Em sua análise, o professor Jairo Luis Candido faz um prognóstico a respeito do futuro com o progressivo aumento das temperaturas. Existem várias tendências, desde leves alterações nas estações do ano e temperaturas médias anuais em diversas regiões até catástrofes ambientais sérias, como devastação de áreas de floresta, inundação de regiões costeiras, mudanças drásticas nas temperaturas médias anuais com conseqüências imprevisíveis na agricultura. Há previsões de 1 a 6 graus acima das médias anuais atuais.


“O protocolo de Kyoto é um paliativo, mesmo assim importante no sentido de indicar um compromisso internacional de políticas ambientais", diz o professor. O protocolo não garante a reversão do processo de aquecimento, mas indica a possibilidade de entendimentos entre os países signatários nesse sentido. E com a polêmica da não assinatura do protocolo por parte dos Estados Unidos Jairo Luis Cândido considerou que não bastaria o país assinar o documento, pois muitos dos que assinaram continuam tendo uma atitude pouco conservacionistas em vários sentidos.


Por outro lado, a respeito do documentário “Uma verdade inconveniente”, de Al Gore, ante a polêmica estabelecida pela comunidade cientifica de o documentário trazer dados verdadeiros ou ser somente uma manobra política. Jairo Luis Cândido c0onsidera que da mesma forma que o Protocolo de Kyoto, o documentário foi importante no sentido de levar a discussão desse assunto a vários locais no mundo, provocar a discussão, o debate. Apesar disso, percebe que há sim um interesse pessoal de Al Gore na divulgação do documentário.


Com opiniões diferentes, a aluna Gabriela Pasuch, do curso de Ciências Biológicas que atualmente faz seu trabalho de conclusão do curso sobre Aquecimento Global explica o assunto. Ainda não existe uma comprovação cientifica de nenhuma dessas teorias. Ela acredita na causa geológica como a causa principal, mas não desconsiderara a corrente antropogênica. A ação humana funciona como um acelerador e agravador do fenômeno. O planeta já passou por períodos de aquecimento e resfriamento em outras eras. A Terra sofreria com o Aquecimento Global independente da existência dos seres humanos. O que deve ser questionado, em sua opinião, é qual a nossa contribuição no desenvolvimento do processo.


Não se pode mensurar o impacto da interferência humana no Aquecimento Global. Os dados disponíveis fornecem informações de outros períodos de aquecimentos antes do surgimento da humanidade. Várias atividades humanas lançam na atmosfera gases que já fazem parte do Efeito Estufa. Contudo, a industrialização mudou para sempre a relação entre o homem e a natureza.


O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, conquistou a simpatia dos ecologistas apoiando medidas que limitam a emissão de gases na atmosfera. Ele tenta forçar o cumprimento do acordo do Protocolo de Kyoto mesmo contra a vontade do presidente G. W. Bush. “Alternativas como essas podem ser consideradas válidas. Colocar o ambientalismo em discussão política pode ser uma forma de atingir uma maior conscientização. Mas não podemos ser tão otimistas a ponto de considerar essas mudanças como medidas eficazes para reverter à aceleração do aquecimento global”, diz Gabriela.


O futuro da humanidade é incerto, nem os cientistas chegaram a um consenso. Espécies podem ser extintas, pessoas e animais estarão expostos à falta de água, cidades ou até países podem vir a desaparecer e há uma grande chance de ocorrer o aumento da fome. O mundo enfrentará ameaças constantes de enchentes, tempestades e erosão. Áreas que atualmente sofrem com a falta de chuvas se tornarão ainda mais secas. Mas nem tudo é apocalíptico. Pesquisas afirmam que, enquanto os pedaços de gelo que se soltaram da Antártida vão derretendo, deixam pelo caminho os nutrientes que permaneceram congelados durante milhares de anos. Isso atrai microorganismos fotossintetizantes e forma uma espécie de floresta marinha que serve de base para cadeia alimentar nesse continente. “Com isso, percebe-se a formação de um novo ecossistema, o que aumenta a produtividade biológica na região”, conclui Gabriela Pasuch.


Com tantas teorias e teses, se torna complicado para as pessoas entenderem o que se passa ao redor, na sua casa, que é o planeta Terra. Enquanto o mundo científico não chega a um consenso, a industrialização vem complicando cada vez mais a situação do planeta. Além de esclarecer o que é o Aquecimento Global é preciso buscar meios para encarar esse possível mal, uma colisão entre políticos, cientistas e as pessoas consideradas comuns, mas são as que têm a força para reverter à situação.